Câncer Urológicos
Pode atingir diferentes regiões da genitália masculina e o sistema urinário de pacientes de ambos os sexos.
O tumor mais diagnosticado entre os homens é o câncer encontrado na área da próstata. Normalmente, essa doença costuma afetar pacientes com mais de 60 anos.
Fatores de Risco:
- A idade é um fator de risco importante, uma vez que tanto a incidência quanto a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos;
- Pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos;
- Excesso de gordura corporal aumenta o risco de câncer de próstata avançado;
- Exposições a aminas aromáticas (comuns nas indústrias química, mecânica e de transformação de alumínio) arsênio (usado como conservante de madeira e como agrotóxico), produtos de petróleo, motor de escape de veículo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), fuligem e dioxinas estão associadas ao câncer de próstata.
Sintomas:
Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite). Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou infecção generalizada ou insuficiência renal.
Diagnóstico
Uma das maiores dificuldades para o diagnóstico dessa enfermidade é que ela não apresenta sintomas no início do quadro, o que torna o tratamento tardio.
Pode ser diagnosticado por meio de exame físico (toque retal) e laboratorial (dosagem do PSA). Caso sejam constatados aumento da glândula ou PSA alterado, deve ser realizada uma biópsia para averiguar a presença de um tumor e se ele é maligno. Se for, o paciente precisa ser submetido a outros exames laboratoriais para se determinar seu tamanho e a presença ou não de metástases.
Tratamento
Para doença localizada (que só atingiu a próstata e não se espalhou para outros órgãos), cirurgia e radioterapia. Para doença localmente avançada, radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal têm sido utilizados. Para doença metastática o tratamento mais indicado é a terapia hormonal.
Prevenção
- Higiene diária com água e sabão, especialmente na hora do banho e depois das relações sexuais;
- Cirurgia de fimose, quando a pele do prepúcio inviabiliza a exposição da glande e a higiene adequada da região;
- Uso de preservativos nas relações sexuais.
Fatores de Risco
- Fimose que impede a exposição da glande (cabeça do pênis) por causa do estreitamento do prepúcio (a pele que reveste a glande); Acúmulo de esmegma (secreção branca resultante da descamação celular);
- Higiene local precária;
- Má situação socioeconômica e educacional das pessoas, em geral moradoras das regiões mais carentes.
Sintomas
Na maioria das vezes, o primeiro sinal de câncer de pênis é a alteração na pele do pênis, provavelmente na glande ou no prepúcio (em homens não circuncidados), mas também pode ocorrer no corpo do órgão. Pode ser uma área da pele mudando de cor ou se tornando mais espessa, um nódulo, ferida ou úlcera crônica, que sangra, lesões de cor marrom-azulada, secreção persistente, muitas vezes com mau cheiro. Inchaço na extremidade do pênis, especialmente quando o prepúcio é retraído.
Nódulos sob a pele na região da virilha, pois se a doença se disseminar, na maioria das vezes é para os gânglios linfáticos da virilha. Neste caso, os linfonodos aumentam de tamanho e podem ser apalpados como nódulos sob a pele.
Diagnóstico
O exame clínico e o resultado da biópsia são elementos fundamentais para o diagnóstico de um tumor maligno no pênis. Quanto mais precocemente ele for feito, melhor será a resposta ao tratamento.
O problema é que, por falta de informação ou constrangimento, muitos homens demoram para procurar atendimento médico, quando notam alguma alteração no pênis e deixam de tratar uma doença que pode ter cura.
Tratamentos
O esquema de tratamento do câncer de pênis é diretamente determinado pela extensão da doença. Nas lesões iniciais, o tumor e uma pequena parte dos tecidos ao redor podem ser removidos cirurgicamente ou por ressecção a laser. A preocupação é sempre preservar a maior quantidade possível do tecido peniano, de forma a manter as funções sexuais e urinárias.
A remoção completa do pênis e dos gânglios inguinais só é indicada nas fases mais avançadas da doença.
Ele afeta uma das áreas mais importantes do corpo, responsável por armazenar e liberar a urina.
Fatores de risco
- Homens brancos e de idade avançada são o grupo com maior probabilidade de desenvolver esse tipo de câncer;
- O tabagismo pode aumentar o risco de uma pessoa ter câncer de bexiga e está associado à doença em 50-70% dos casos;
- Exposição a diversos compostos químicos.
Sintomas
Entre os sintomas mais comuns, estão a sensação estranha e de queimação no momento de urinar e alta frequência e urgência em ir ao banheiro.
Também é comum que os pacientes afetados comecem a urinar com sangue. Mas esse mesmo sintoma pode aparecer em outros quadros, como infecções e pedras nos rins.
Detecção
A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar um tumor numa fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento.
A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou com o uso de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.
Tratamento
As opções de tratamento vão depender do grau de evolução da doença. A cirurgia pode ser de três tipos: ressecção transuretral (quando o médico remove o tumor por via uretral), cistotectomia parcial (retirada de uma parte da bexiga) ou cistotectomia radical (remoção completa da bexiga, com a posterior construção de um novo órgão para armazenar a urina). Após a remoção total do tumor, o médico pode administrar a vacina BCG dentro da bexiga para tentar evitar a recorrência da doença.
Outra alternativa é a radioterapia, que pode ser adotada nos tumores mais agressivos como técnica para tentar preservar a bexiga. A quimioterapia também pode ser sistêmica (ingerida na forma de medicamentos ou injetada na veia) ou intravesical (aplicada diretamente na bexiga através de um tubo introduzido pela uretra).
Os rins são os órgãos responsáveis pelo equilíbrio de água e sais do corpo, além de exercer uma função importante na eliminação de substâncias metabolizadas pelo organismo. Para isso, cada rim é composto de um milhão de pequenas estruturas chamadas de néfrons. Existem vários tipos de câncer de rim, mas o mais comum deles é uma consequência da transformação das células dos túbulos que formam os néfrons, que passam a se proliferarem de forma anormal e ganham a capacidade de invadir o órgão e até, em alguns casos, circular pelo corpo e produzir tumores em outras partes do corpo (chamado de metástase).
Prevenção
A melhor forma de prevenir a doença é manter hábitos de vida saudável. Deve-se controlar a hipertensão arterial e o peso adequadamente. Para aqueles que fazem hemodiálise ou que sofrem com síndromes genéticas que predispõem ao câncer de rim, é importante ter o acompanhamento regular com o médico para um diagnóstico mais precoce do câncer através de exames de imagem.
Sintomas
Os pacientes que possuem esse problema relatam diferentes sintomas, como dor na parte lateral da barriga, sangue na urina, fadiga e perda de peso.
Fatores de risco
Os pacientes que têm maior chance de sofrerem com esse tumor são aqueles com idade avançada, pessoas que já fazem tratamento para insuficiência renal, obesidade, hipertensão, entre outros. O uso de cigarro, a hipertensão arterial e a obesidade têm sido relacionados ao câncer de rim. Além disso, pacientes com insuficiência renal crônica em uso de hemodiálise estão sob um maior risco de desenvolver câncer de rim. Algumas síndromes genéticas raras também.
Diagnóstico
O diagnóstico dessa doença pode ser feito através de diversos exames, como ultrassom, tomografia, ressonância e biópsia.
Tratamento
Quando a doença está apenas no rim, o tratamento é feito com a cirurgia de retirada radical do rim. Entretanto, quando a doença já se apresenta com metástases, é provável que a cura não seja mais possível e o objetivo do tratamento passa a ser frear o avanço da doença. Para isso, o tratamento deve ser com medicações que bloqueiem os processos biológicos fundamentais para a proliferação e sobrevivência das células do câncer, inibindo o avanço da doença.
O tumor de testículo corresponde a 5% do total de casos de câncer entre os homens. É facilmente curado quando detectado precocemente e apresenta baixo índice de mortalidade.
Fatores de risco
- Histórico familiar deste tumor;
- Lesões e traumas na bolsa escrotal;
- Criptorquidia (não descida de um ou dos dois testículos para a bolsa escrotal). Na infância, é importante o exame do pediatra para verificar se ocorreu normalmente a descida dos testículos;
- Trabalhadores expostos a agrotóxicos podem apresentar risco aumentado de desenvolvimento da doença.
Sintomas
O mais comum é o aparecimento de um nódulo duro, geralmente indolor, aproximadamente do tamanho de uma ervilha. Mas deve-se ficar atento a outras alterações, como aumento ou diminuição no tamanho dos testículos, endurecimentos, dor imprecisa na parte baixa do abdômen, sangue na urina e aumento ou sensibilidade dos mamilos. Caso sejam observadas alterações, o médico, de preferência um urologista, deve ser consultado.
Diagnóstico
É comum a suspeita de câncer de testículo ser levantada durante o autoexame ou numa consulta médica de rotina.
O exame mais importante para confirmá-la é a ultrassonografia, que além de revelar a existência do tumor, muitas vezes ainda não palpável, aponta sua relação com os órgãos vizinhos e ajuda a estabelecer o diagnóstico diferencial.
Testes laboratoriais de sangue para avaliar os marcadores tumorais Beta HCG, DHL, e alfa-fetoproteína são úteis na fase do diagnóstico, durante e após o tratamento. Da mesma forma, a tomografia pélvica e do abdômen e os raios X são importantes no pré e no pós-operatório. Uma vez que há risco de disseminação da doença através da agulha utilizada para biópsia, o exame anatomopatológico só é realizado depois da retirada cirúrgica do nódulo.
Tratamento
O tratamento inicial é sempre cirúrgico. Caso o nódulo seja pequeno e os marcadores tumorais sejam normais, pode-se optar por biópsia (retirada de um fragmento de tecido para ser examinado ao microscópio). O resultado do exame é dado ainda durante a cirurgia. Em caso positivo para câncer, o testículo é extraído, em parte ou totalmente. O mais comum é ocorrer a retirada completa do testículo afetado (marcadores previamente aumentados ou lesões maiores). A função sexual ou reprodutiva do paciente não é afetada, desde que o outro testículo esteja saudável.
O tratamento posterior poderá ser radioterápico, quimioterápico ou de controle clínico. A complementação dependerá de investigação, que avaliará a presença ou a possibilidade de disseminação da doença para outros órgãos.